Até ao momento, para além de uma conferência de imprensa da Fenprof em que os argumentos apresentados foram os previsíveis, sem se ter acrescentado nada que ajudasse a clarificar alguns conceitos que são estranhos à opinião pública, apenas consegui vislumbrar algum debate em blogues animados por professores.
Para os restantes "bloguers", nomeadamente os que dispõem de visibilidade associada à sua actividade partidária e/ou jornalística, o tema é completamente irrelevante.
Das contribuições que me parecem mais significativas destaco o JMAlves, o PGuinote e o MPinto, com cujas opiniões concordo na generalidade.
Parece-me, no entanto, que muito pouco será possível mudar na proposta do NRAAGE.
Assim sendo julgo ser importante concentrar os esforços em dois ou três aspectos que fazem efectivamente a diferença entre o modelo actual e o modelo proposto, a saber:
- alterar a alínea a) do n.º 1 do art. 13º, que deveria passar a ser - «Eleger, de entre os seus membros, o presidente»;
- alteração do n. 5 do art. 21º, que deveria ser - «Os adjuntos são nomeados pelo director de entre docentes dos quadros de nomeação definitiva do mesmo agrupamento de escolas ou escola não agrupada»;
- alterar o n.º 1 do art. 24º que deveria ter a seguinte redacção - «O director toma posse perante o presidente do Conselho Geral nos 30 dias subsequentes à deliberação deste órgão.»;
- anulação da alínea d) do n.º 5 e do n.º 6 do art. 25º.
Quanto à questão que a muitos apoquenta e que me pareceu ser o mais substancial da comunicação de ontem do Mário Nogueira - "o director como elo de ligação do ME" - é algo que me parece irrelevante.
De resto, essa defesa do órgão colegial e da sua eleição pelos professores, apenas serve para branquear a posição vergonhosa de grande parte dos actuais presidentes de CE's, eleitos pelos seus pares, que se comportam quotidianamente como delegados locais dos DRE e do ME.
1 comentário:
Estou de acordo com alguns aspectos críticos por ti apontados, porém, acho que falha uma coordenação prática neste debate, o qual, a meu ver, deveria ir muito além do prazo de «consulta pública»... um mero pró-forma, de um poder ostensivamente pouco interessado em legislar de acordo com as aspirações dos cidadãos (especialmente desses que têm a desdita de exercer funções docentes no ensino público, não-superior!).
Vê a proposta que fiz a comentário do blog do Guinote:
Penso que a discussão em blogosfera não avançará nada, se não houver um documento (a ser apresentado como rascunho, para acolher melhorias ao longo de um X tempo) que faça uma crítica do projecto. Menos que isso, torna a discussão num sem fim de posts e de comentários aos mesmos, sem nenhuma síntese.
A minha proposta é:
- Fazer-se um documento (1º apresentá-lo como rascunho, depois trabalhá-lo)
- Reunirmos numa Escola Pública para discussão final e aprovação do documento
- Sair também dessa reunião uma «coordenadora» inter-escolas, que possa dinamizar um debate localizado.
Será possível colocares esta proposta em destaque?
Obrigado antecipadamente.
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